terça-feira, 2 de julho de 2013

1. Resenha do livro: A última estação - L. S. Hoffman

(por Raquel Lisboa) 

Estrelas: 5/5

Autor: L. S. Hoffman
Editora: Bookess

Sinopse: Manhatan, 1996. Os jovens Sarah e Nicholas se conhecem e apaixonam-se perdidamente. Devido ao abismo social existente entre os dois, eles sabem que jamais poderão ficar juntos sem evocar a fúria de suas famílias. Separados, a vida de ambos segue caminhos distintos: Sarah vai estudar na Espanha e Nicholas permanece nos Estados Unidos. Anos mais tarde seus caminhos voltam a se cruzar, mas é preciso que ambos vençam seus próprios fantasmas do passado antes que a estação de suas vidas chegue ao fim: Nicholas enfrenta a condenação por um crime que não cometeu e Sarah engravida no pior momento de sua vida. 

No livro existe uma grande influência de Shakspeare, (Romeu e Julieta) no que diz respeito aos jovens que se amam, mas não podem ficar juntos devido a conflitos familiares, com a diferença de que Sarah é rica - e quase prometida a um moço rico, Charles - e Nicholas é empregado de sua família. 

Machado de Assis também está presente na obra, (Dom Casmurro), na figura de Teodoro, pai de Sarah, que suspeita da traição de sua esposa Samantha, com a diferença que o personagem de Machado nunca descobre se realmente foi traído ou não, e Teodoro descobre uma infeliz verdade que o leva a um destino trágico. Pode ser que o autor tenha influência de escritores contemporâneos também, o que resulta na variedade de conflitos, aonde todos são resolvidos de maneira inteligente e emotiva.

Não dá para ler o livro sem chorar (eu me emocionei várias vezes com as cartas de Sarah e Nick), e senti raiva de Teodoro que por proteger demais sua filha Sarah sufoca seus sonhos, de Oliver que é um influente empresário e passa por cima de tudo e todos para alcançar seus objetivos, e Charles que no decorrer da narrativa demonstra o cafajeste que sempre foi, figuras tão comuns no dia a dia.

L.S. Hoffman descreve o psicológico de cada personagem de modo a transportar o leitor a encorpar-se em cada um deles, fazendo com que sejam compreendidos, de maneira clara, os motivos que os levam a agir de determinadas maneiras.

O modo como ele descreve a situação de Teodoro bêbado, envolvido pelos seus medos e seus fantasmas, por exemplo, faz com que entendamos o porquê muitos alcoólatras vivem em situações deprimentes e a situação de Allan, pai de Nick, explica até mesmo o fato de existirem pais ignorantes que machucam seus filhos influenciados na educação que tiveram.

Resumindo: O autor nos mostra através da obra a importância de valorizar o que temos, pois nos casos de Teodoro, Allan e Edward (avô de Nick), eles só entenderam isso quando não havia mais esperanças.

Também nos passa a certeza de que nada nem ninguém pode separar aqueles que uma vez foram unidos pelo laço do amor.
Recomendo a obra. Vale a pena conferir.


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